Olá, queridos!
Há um mês foi lançada em Madri uma campanha contra a exploração sexual de mulheres. O mote da campanha é conscentizar clientes e futuros clientes da prostituição alertando para o fato que muitas exercem o ofício obrigadas por máfias. O governo também se dirige aos adolescentes, pois agora voltou à moda sair com os amigos para as "casas de tolerância" como se fazia antigamente.
Sei que o tema esteve recentemente em uma novela e os dados corroboram que além de brasileiras agora há um número crescentes de brasileiros que também são explorados.
A campanha deve ser entendida dentro da atual discussão europeia de erradicar a prostituição como um todo. Existem países onde é legal e o caso mais óbvio é a Holanda. Em outros cobra-se uma taxa para estarem na rua como em certas cidades da Alemanha ou em Zurique. Na Espanha segue-se o modelo brasileiro: prostituir-se não é crime, mas a exploração sexual sim. As meninas da calle Montera já fazem parte da paisagem do centro madrilenho e os clubes privê se espalham nas ruas por trás da Gran Vía e ao longo do Paseo da Castellana.
Comparando com a legalização das drogas, aqui também se responsabiliza o usuário pelo tráfico humano. Acho justo, pois se há demanda há oferta. Basta ler qualquer relato de meninas libertadas pela polícia para ficar arrepiado. Legalizar e dar melhores condições de trabalho seria uma saída, mas aí é preciso também mudar a cabeça dos homens porque, definitivamente, estes não veem a prostituta como uma "profissional do sexo" e sim com mais um objeto a ser desfrutado.
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