Olá, queridos!
Voltando do passeio do Museu do Prado finalmente observei (e fotografei) o monumento à regente Maria Cristina, mãe da rainha Isabel II descrita aí abaixo. Sempre insisto com vocês que a Espanha passou momentos contubardos no século 19 e a regência dela não foi exceção.
Bem, Maria Cristina era a quarta esposa de Fernando VII e este não tinha tido filhos homens. Na Espanha era vedado às mulheres subir ao trono: lei Sálica na veia! Maria Cristina só gerou duas mulheres e os problemas aumentaram quando o rei morreu, pois o irmão Carlos, alegou que era ele o legítimo herdeiro.
Ora, e como se fazia naquela época para resolver este pequeno problema familiar? Fácil! Arrastava-se um país inteiro à guerra civil! E foi o que aconteceu. Na verdade, a guerra era uma disputa entre dois modelos políticos: o absolutismo defendido por don Carlos e as ideias liberais encarnadas por Maria Cristina. Ela e seus vencedores ganham a contenda com o exército liderado pelo general Espartero.
Depois de sete anos de enfrentamentos políticos, guerras internas e na América, um grupo defende a antecipação da maioridade de Isabel II. Exato! Tal e qual fizeram com dom Pedro II e na mesma época. Maria Cristina vai para o exílio na França e deixa o trono à filha.
O projeto da escultura foi vencido pela dupla Miguel Aguado e Mariano Benlliure, o craque dessa arte no século 19. Mostra a rainha ricamente vestida, segurando o Estatuto Real em uma das mãos e o vestido com a outra. Ao contrário da filhota, ela olha para baixo em uma atitude de piedade e compreensão por aqueles que não viam continuidade na sua descendência. Notem, igualmente, que ela não traz uma coroa e sim uma discreta diadema. Afinal, oficialmente, ela foi regente da filha e não rainha.
No pedestal, uma figura estilizada da História e inscrições com os feitos do seu reinado como a criação do Conservatório de Música. Uau! Música e História? Adoro você, Maria Cristina!
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