Olá, queridos!
Ao lado de Nossa Senhora da Almudena, outra grande devoção madrilenha é Nossa Senhora de Atocha, assim chamada porque a imagem da Virgem foi achada num campo em que estava esta planta. Há notícias de uma ermita junto ao rio Mazanares desde o século 6 que mais tarde foi trasladada para seu lugar atual.
A devoção a este título de Nossa Senhora sempre encontro prestígio na Família Real espanhola. Conta-se que Felipe II não saía em batalha sem antes passar para encomendar-se à proteção da santa; aliás foi sob seu reinado que a igreja passou às mãos dos dominicanos. Mesmo com a chegada dos Bourbons ao trono é mister apresentar os filhos neste templo a Nossa Senhora de Atocha ou depositar o buquê de noiva aos seus pés, como fez a atual rainha Letízia.
Por gozar de tantos privilégios, esta igreja é um resumo da história de Madri e da Espanha. Durante a ocupação francesa, os frades foram expulsos e a biblioteca destruída. Saem os franceses, mas vem a desapropriação dos bens eclesiáticos e novamente os dominicanos abandonam o convento para voltar com a ajuda de Isabel II. Este templo foi destruído e incendiado na Guerra Civil, e assim somente em 1951 se pode restaurá-lo.
Ao entrar, somos recebido com a imagem de São Domingos em um agradável jardim. No convento está enterrado frei Bartolomeu de las Casas, mas a visita ao seu túmulo não é permitida. A igreja é bastante simples na fachada e no interior. Coberta com o característico tijolinho madrilenho e com um portal neo barroco, o templo não tem capelas laterais, somente vitrais onde estão refletidos os mistérios do rosário que forma tão popularizados pelos filhos de São Domingos. No altar, está a bela imagem da Virgem que traz o Menino Jesus e oferece uma maçã aos que necessitam. Linda por sua simplicidade esta igreja conquista justamente por sua cor azul, os vitrais e os poucos ornamentos que adornam.
Nenhum comentário:
Postar um comentário