sábado, 31 de março de 2012

Librería de Montaña

Olá, queridos!

       Este blog tem uma falha imensa: quase não fala das livrarias madrilenhas! Falta irreperável para uma rata de sebo como eu. Para me redimir nada melhor que mostrar uma livraria especializada em temas de aventura, montanhismo e viagens.








Localizada na Plaza Matute, lá é possível encontrar todos os tipos de guias e livros sobre escaladas, além de revistas especializadas, material esportivo, livros de fotografia e manuais para subir as montanhas de todo o mundo. E o mais charmoso do lugar é a escada com a altura das montanhas mais altas do mundo. Quem se interessa pode visitar o site: http://www.libreriadesnivel.com/

Greve fracassada ?

Olá, queridos !

      Hoje o blog conta com a participação da jornalista Stella Bonilha Borzilo sobre a greve do dia 29.03. Confiram !

Em espanhol, a palavra “greve” (huelga) é usada tanto para paralisações indefinidas (tal como em português) quanto para paralisações pontuais (de um dia).

Houve uma huelga general ontem na Espanha com esse último sentido da palavra, para protestar contra a Reforma Trabalhista em trâmite no Congresso Espanhol. Estão em jogo o aumento do tempo de trabalho para a aposentadoria, a redução das pensões e do seguro-desemprego, entre outros pontos.

Eu estive na huelga general madrilenha. O Dia de Paralisações foi convocado pelas maiores centrais sindicais do país: a UGT (tradicionalmente ligada ao PSOE, do ex-presidente Zapateiro) e a CC.OO. (ligada à Izquierda Unida, terceiro maior partido da Espanha). Os professores da rede básica de ensino -- reunidos aqui no movimento Marea Verde -- também aderiram em peso à huelga. Minha universidade (a Autônoma de Madrid) não funcionou (com exceção de algumas aulas pontuais). Além dos grandes sindicados, outros menores (alguns de orientação anarquista) também marcaram presença.

O transporte público (ônibus, Metrô e trens) funcionou com “serviços mínimos” (35% de sua capacidade) e o pandemônio foi similar ao da Estação Sé em São Paulo às 5 da tarde (não digo às 6h porque a lotação nesse horário é absurda – algo impossível em uma cidade três vezes menor)... O metrô passava a cada 20 minutos e vinha tão lotado que era impossível embarcar. O trem passava a cada hora – igualmente, lotado. Os ônibus passavam a cada meia hora, mas não conferi seus estados.

Também não conferi, mas li que os hospitais funcionariam com “serviços mínimos” – como no feriado de Carnaval, por exemplo. A tempo integral, só os bombeiros.

Pois bem. Hoje de manhã, assistindo à TVE (o canal estatal espanhol) me deparo com um debate sobre os impactos da greve de ontem. Na mesa, a mediadora e três debatedores – duas jornalistas de meios de comunicação mais à direita e um jornalista de um diário mais à esquerda.

As duas insistiam que a greve tinha sido um fracasso no país e que não levaria a nada. Argumentavam que só os trabalhadores e os estudantes tinham aderido à paralisação – e que os comerciantes, por exemplo, não tinham aderido em peso.

Ele, por outro lado, dizia que não se pode falar em “fracasso”. Lembrava que em algumas regiões (como o País Vasco e a Catalunha) as manifestações tinham sido enormes e que, sim, parte dos comerciantes (mesmo que não muito numerosa) tinha aderido ao movimento.

O que eu vi: várias lojas fechadas no meu bairro. Até lojas de chineses (de "1,99" ou de roupas/sapatos), que estão abertas os sete dias da semana. Ok, os chineses podem não estar engajados no tema “reforma trabalhista” já que não os toca, diretamente. Mas que as lojas fecharam, fecharam.

O que eu me pergunto é esse sentido de “fracasso” usado pelos jornalistas espanhóis... Fosse em São Paulo, a manchete dos principais jornais no dia seguinte seria: “Cidade pára por causa de manifestação” (ou algo similar) – destacando, claro, o caos nos transportes e nos serviços.

Pensemos nos funcionários da Telefonica Madri, por exemplo (e pensemos no caso correspondente em São Paulo). A sede da empresa está bem longe do Centro (na “Dutra”, forçando uma comparação com São Paulo) e o principal meio de transporte público ali é o Metrô, na porta da empresa.

Se o Metrô não funciona, a segunda opção é pegar um ônibus até a estação de trem mais próxima (a Fuencarral) e, de lá, ir a alguma estação conectada com o Metrô. O que eu vi ontem em Fuencarral às 5h30 da tarde? Dezenas de funcionários da Telefonica tentando subir em um trem lotadaço, que já vinha de uma universidade particular importante (cheio de estudantes, portanto). Alguns não conseguiram subir e tiveram que esperar o próximo trem (que passou uma hora depois).

Pergunta: se isso acontece em São Paulo, os paulistanos estariam falando de “paralisação fracassada”? Vejam como os parâmetros são diferentes dependendo da cidade...

Em Madri, a Puerta del Sol foi totalmente tomada pelos grevistas, como dá pra ver na foto. Eu não consigo chamar isso de “fracasso”...

No fundo, o que as duas jornalistas quiseram dizer é que só as fábricas pararam, e o setor “tradicional” de comércio e serviços (como a Telefonica, os shoppings etc.) funcionou normalmente. Só que elas forçaram um pouco a barra dizendo que “isso mostra que os cidadãos não são contra a reforma trabalhista”. Esse funcionamento normalizado talvez tenha a ver com o medo de perder o emprego em uma época em que todos o perdem sem uma explicação razoável (tudo é culpa da “crise”). Ou com a apatia que reina na Espanha agora, sustentada pelo “fatalismo” de que as ordens de Bruxelas são irrefutáveis (“fatalismo” que tem vários e vários motivos...).

É difícil dizer quais serão as conseqüências políticas do ato de ontem – se serviu ou não para pressionar os deputados que têm nas mãos essa reforma trabalhista. Só posso dizer que ouvi muito barulho. Que minha universidade estava desértica. Que vivi de novo a sensação de embarcar na Vila Madalena às 7 da noite. Que tive que andar 15 minutos até encontrar a “loja de 1,99” mais próxima pra comprar uma palmilha nova pra minha sapatilha. Que vi professores, estudantes, funcionários públicos, sindicalizados e até vovôs e crianças nas passeatas. E que ouvi muita gente insatisfeita com essa reforma.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Caños del Peral

Olá, queridos !

           Madrileando por aí visitamos o museu dos Caños del Peral. "Caños" pode ser traduzido por canos e "peral" é simplesmente uma pereira!! Quando fizeram a estaçao de metrô Ópera "descobriram" ali um tesouro arqueológico sem precedentes: o antigo caminho da distribuição de águas da cidade.






Projetado no séc. 17, na verdade, suas origens datam deste a ocupaçao dos árabes na cidade quando se construiu o primeiro canal para abastecer a cidade. Também ali estavam localizadas as fontes onde a população podia buscar água. O melhor dessa história aconteceu anos depois quando ela deixou de servir à cidade. Sem ter sido destruída ou desmontada, o aqueduto foi soterrado e desta maneira preservado para as gerações futuras. Melhor assim !

quinta-feira, 29 de março de 2012

Primavera II

Cotorras: um pássaro fofo que se tornou a praga dos jardins madrilenhos
 fazendo a festa nos almendros em flor. Estas aí estão na Quinta de los Molinos.

Templo Debod

Olá, queridos !

       O bom de Madri é que você pode viajar para longe sem sair da cidade. Além do passeio em diferentes épocas, a capital espanhola é o único lugar onde você pode contemplar um templo egípcio fora do Egito. Estou falando do templo Debod presente do governo do Egito ao espanhol em agradecimento aos serviços prestados durante a construção da represa de Assuão.

      




O resultado é lindo e fizeram ali um espelho d'água para representar o rio que corria nas proximidades do templo. Lá dentro, hieroglifos e desenhos de faraós e deuses congregando-se. Fantástico !

terça-feira, 27 de março de 2012

Suances

Olá, queridos!

      A costa da Cantábria é conhecida por suas praias e boa comida. Com intuito de saber se tudo isso era verdade, lá fomos nós para descobrir a cidade de Suances.










Ok. O mês de março não é recomendável para ir ao norte, mas como resistir a uma promoção que incluía hotel + spa? Ah! E sem falar que desde dezembro não víamos o mar...










A cidade, realmente, não é grande coisa, porém a praia da Concha é linda. Como ela fica em uma praia bem "fechada" as ondas já chegam calminhas. Além disso, a lubina que comemos estava ótima! À esquerda um monumento aos pescadores e sardineiras do local. A blogueira aproveitou para brincar de esconde-esconde.






domingo, 25 de março de 2012

No al maltrato animal

Olá, queridos!

          Hoje, nos Jardins do Descobrimento (também conhecido como a plaza Colón) teve lugar um protesto contra o maltrado aos animais e uma reinvindicação para o endurecimento do Código Penal.









 A manifestação reuniu bastante gente e muitos totós preucupados com seu futuro. Afinal, o maltrato aos animais aqui é só punido com multa e pouco tempo de prisão. Tomara que essa iniciativa alcance aos touros também... Para quem quer saber mais sobre o assunto é só clicar em: http://www.noalmaltratoanimal.org/

sábado, 24 de março de 2012

Igreja de Santo Antonio dos Alemães

Olá, queridos!

         No século 17, quando Portugal e Espanha eram um só reino, muitos lusos vieram tentar a sorte na capital. O rei Felipe IV funda, entáo, uma igreja para ajudar aos patrícios recém-chegados e a dedica a Santo Antonio (óbvio). Mas aconteceu o que nós sabemos: Portugal recuperou sua independência e a igreja mudou de nome, mas não de santo.

        




O templo é inteiramente pintado do cháo ao teto retratando reis espanhóis, alemães, franceses e húngaros da Idade Média e que tomaram parte das guerras religiosas.









Também há muitas pinturas sobre a vida e os milagres de Santo Antonio. Agora entendo porque a chamam de "capela Sistina" de Madri.Um espetáculo !!


Primavera

Se é verdade que uma imagem vale mais que mil palavras vou colocar várias fotos de uma natureza muito eloquente! É a primavera chegando. Espetáculo imperdível para quem vem de terras eternamente verdes.















Pardais nos ninhos. A primavera também é a estação do amor...