segunda-feira, 29 de julho de 2013

Chocolateria Valor

Olá, queridos!

      Adoro escrever neste blog, mas de vez em quando, é preciso fazer sacrifícios para vocês, meu queridos leitores, poderem conhecer a vida na Espanha em sua totalidade. Um desses é descobrir qual é o melhor chocolate com churros dessas terras. Ó vida cruel...

   
   A chocolateria san Ginés é sem dúvida, a mais turística e badalada e é obrigatório conhecê-la. Mas agora descobrimos a Valor que serve um churros mais grosso e um chocolate tão bom - na minha humilde opinião, melhor - que sua congênere famosa. A marca e a fábrica foram fundadas em 1916, em Alicante, e a partir de 1984, foi aberta a primeira chocolateria. Além do popular lanche espanhol estão ali chocolates granizados, crepes, brownies e o famoso chocolate Yumbé ou uma taça de porcelana cheia do líquido negro. Ai, ai...o que não faço por vocês !!

O livro de família

Olá, queridos!

     
Ter um filho é descobrir as maravilhas de um pequeno em casa e as agruras das fraldas sujas. Além disso, assunto pouco discutido, é conhecer a burocracia para registrar o rebento. Imagina, então, quando estão envolvidas 3 nacionalidades !! A papelada se multiplica por 3 !! Por que ninguém avisa isso pra gente?

      Aqui na Espanha existe um registro chamado "livro de família". Ele é expedido quando o sujeito se casa ou quando os filhos nascem. Toda a vida, digamos, civil do cidadão estará ali: divórcio, filhos, casamentos, falecimentos. Compara com a carteira de trabalho brasileira, mas ao invés da vida trabalhista, se anota a vida cotidiana.

        Nós já temos nosso Livro de Família. Com ele se abriram as portas do consulado português e brasileiro, da Saúde Pública e de tudo mais que o filhote vai precisar para viver em terras espanholas.

domingo, 28 de julho de 2013

Praça Marquês de Salamanca

Olá, queridos !!

     
Como vocês sabem, a Ipanema madrilenha se chama Salamanca, em homenagem ao marquês de mesmo nome. Ele foi um dos pioneiros a morar neste canto de Madri e seu antigo palacete está ocupado atualmente pelo BBVA (ainda não fui visitá-lo, mas está na minha lista). Nada mais justo que erigirem uma estátua e uma praça em memória ao malaguenho que foi investidor de ferrovias, na bolsa, comerciante de sal e próximo a rainha Isabel II durante seu reinado.











Na verdade, "praça" é um eufemismo, pois é apenas uma rotunda com o monumento ao centro. O autor é Jerônimo Suñol ( o mesmo que fez o monumento a Colombo) e data de 1903.

No meu tempo...

Olá, queridos !

      Sei que é difícil imaginar, mas houve um tempo quando as pessoas não tinha Ipads, Internet, computador, celular só nos desenhos dos Jacksons. Mais espantoso houve um tempo que as pessoas não tinham telefone fixo em casa!! Lembro das minhas férias no interior de Minas quando a gente tinha que esperar dar oito da noite para ligar para meus avós em cabines especiais.

   
  Madrileando por aí descobri que aqui na capital da Espanha também existia o mesmo serviço. Para o cidadão fazer sua chamada existiam os locutórios e placas indicando onde estavam. Parte delas não foi retirada os edifícios e permitem a gente imaginar os tempos de outrora. A da foto está na calle dom Ramón de la Cruz com conde de Peñalver.

Só um par?

Olá, queridos !

            Tenho um mistério madrilenho a ser resolvido. Por quê as sapatarias aqui vendem só um par de sapatos ? Não achei nenhuma informação no oráculo da vida moderna e ainda não perguntei pra nenhum amigo. Sinistro...

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Violência contra a mulher no Brasil e na Espanha - II

Olá, queridos!

        Uma pausa para reflexão.

        Nada como o distanciamento para a gente dar conta que não existe uma só perspectiva de se ver as coisas e o que consideramos normal em um país é visto com estranheza em outro. Quem acompanha o blog sabe que vários assuntos me causam espanto pelo modo como lidam espanhóis e brasileiros; mas tem um, particularmente, que me intriga: a questão feminina.

        A Espanha teve que ingressar na modernidade rapidamente. Deixou para trás uma ditadura conservadora e fechada (neste sentido, pior que a nossa) para emparelhar-se com outros países europeus mais modernos e democráticos. Isso levou a profundas e rápidas mudanças no jeito de abordar certos temas e nem todos ainda foram assimilados. Um deles é a liberalização feminina.

          Na época de Franco, as mulheres deveriam ser esposas submissas e voltadas ao lar. Mais deveriam ser como sua esposa Carmem Polo. Trabalho feminino era o doméstico, burocrático e, assim, a mulher tinha poucas opções. Veio a democracia e o pêndulo foi para o outro lado. A mulher pode tudo.
           Mas uma ferida ainda ficou aberta: a violência doméstica ou violência machista como a chamam por aqui. O discurso da esquerda é feroz nesse sentido. Toda mulher que é assassinada por seu companheiro vira manchete de jornal, a prefeitura da cidade faz um minuto de silêncio e o caso rende minutos da TV. Comparei dois casos de violência contra a mulher neste post aqui e até hoje espero um pouco mais de solidariedade dos meus compatriotas.

          Estes dias houve outra história que me deixou estarrecida pelo modo que foi tratada pela imprensa brasileira e espanhola. Trata-se do caso de uma norueguesa que trabalhava na Dubai. Em uma festa, ela bebeu demais e foi estuprada por um colega de trabalho. No dia seguinte, ao denunciar o caso às autoridades, ELA foi presa porque havia cometido crimes segundo a lei local: ingerir bebidas alcoólicas, perjúrio e manter relações sexuais fora do casamento.

          Ora, aqui na Espanha, o jornal El País, deu manchete por horas na sua edição eletrônica, através da seção "Internacional" e o caso foi revivido quando as autoridades a liberaram. A reportagem gerou 1147 comentários, foi partilhada 6.198 vezes pelo Facebook e outras 1.341 pelo Twitter. As opiniões se dividiram em um debate acalorado sobre os direitos da mulher nos países árabes e na própria Espanha. 

           Passemos ao Brasil. A mesma notícia foi publicada pelo jornal O Globo primeiro na seção "Mundo" onde rendeu 29 comentários e 1.200 compartilhamentos no Facebook. Dias depois, a mesma reportagem aparecia no apartado "Page not found". Tal seção se descreve como "Inusitado, curioso, bizarro...parada obrigatória aqui". Rendeu 7 comentários pelos leitores e, infelizmente, não podemos saber o quanto foi compartilhada pelos leitores nesta seção.  

         Não é possível discutir os argumentos dos comentários aqui neste post. Lamento. Mas queria desabafar como a questão da violência contra a mulher é tratada em ambos os países. Aqui não faltam as pessoas que pensam que é sempre a mulher que provoca o homem, que foi ela que usou roupas curtas demais e outros machismos do gênero, ditos, especialmente pelas próprias mulheres. O que me surpreende é ver que, ao menos, a sociedade espanhola - que é machista sim - ao menos discute a questão e a externaliza. 

        No Brasil, isso faz parte da paisagem. É tão normal que sequer enxergamos que está ali presente e deve ser modificado. O tema pode ser discutido em uma seção que se intitula de bizarra e os leitores nem criticam o editorial do jornal por isso. Ainda falta muito para que os dois países avancem quanto a questão dos direitos da mulher, mas a sensação é que na Espanha, o movimento já começou. 

Para quem deseja ler a reportagem do El País: http://internacional.elpais.com/internacional/2013/07/20/actualidad/1374339280_405343.html

O Globo: http://oglobo.globo.com/mundo/policia-prende-norueguesa-que-deu-queixa-de-estupro-em-dubai-9070737

 http://oglobo.globo.com/blogs/pagenotfound/posts/2013/07/22/norueguesa-perdoada-apos-denunciar-ter-sido-estuprada-em-dubai-504319.asp


sábado, 13 de julho de 2013

A cegonha chegou

Olá, queridos!

   
Hoje é o post de número 600 e nesta ocasião (juro que não foi coicindência) queria anunciar a vocês que a cegonha deixou aqui em casa uma coisinha linda de 2,8 kg, 48 centímetros e muita saúde. O pequeno madrilenho chegou dia 26 trazendo muitas alegrias e noites bem movimentadas. Bem, preciso contar pra vocês direitinho como foi o parto e o tratamento no hospital. Até agora não acredito que não precisei pagar nada por tanto! Coisa de primeiro mundo? Acho que é coisa de quem tem mentalidade distinta e público não precisa ser sinônimo de má qualidade. Enfim, aguardem !!