segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Igreja de Santo Antonio do Retiro

Olá, queridos!

         
Mais uma igreja de arquitetura moderna visitada e fotografada: a de Santo Antônio do Retiro, sob os cuidados dos franciscanos. Infelizmente, não encontrei nenhuma informação sobre o templo e terei que investigar mais. Já tinha visitado esta igreja no inverno e a me pareceu tristonha e escura,  mas agora, no verão que se acaba, quanta diferença! Com o sol forte batendo em cheio pude admirar os vitrais, as capelas e toda simbologia que remete a vida do santo.










O vitral principal remete ao milagre dos peixes. Santo Antônio foi pregar em uma cidade e seus habitantes não quiseram escutá-lo, assim o religioso foi para a beira do rio e se dirigiu aos peixes, que colocaram a cabeça para fora e ouviram o sermão do santo homem.








Há capelas de são Francisco de Assis e, novamente vemos como o vitral foi usado para evocar os dias que o Pobre de Assis ficou nas montanhas rezando em companhia de um lobo. Ainda há uma capela dedicada a santo Antônio retratado classicamente: com um braço sustenta o Menino Jesus e com a outra, oferece o pão aos pobres. A terceira capela está dedicada a Nossa Senhora do Pilar.

sábado, 27 de setembro de 2014

Sete motivos pelos quais a Catalunha deseja separar-se da Espanha

      Dando prosseguimento ao nosso artigo sobre as razões que levam a região da Catalunha querer a independência. Antes vimos os motivos pelos quais a Catalunha não deveria separar-se e hoje, damos espaço para os que defendem a independência.


1- Porque a Catalunha já foi um Estado independente

    Apesar de se uma questão controversa, a Catalunha existiu como um Estado independente durante a Idade Média ou pelo menos uma parte do que hoje chamamos Catalunha. Bem, é certo que naquela época territórios pequenos tinham seu senhor feudal e sua moeda. Por isso, alguns alegam que a independência só está trazendo de volta aquilo que lhes pertence de direito. No mapa, a região que deseja a independência.



2- Porque os políticos da Espanha são corruptos.

    Os catalães acreditam que os políticos da Espanha sejam desonestos e os nascidos ali, não. Questão de opinião. Cá pra nós, não vejo muito diferença entre políticos brasileiros ou espanhóis, mas enfim...

3 - Porque muitos catalães não se sentem identificados com a cultura espanhola.

      Este é um debate acadêmico que poderíamos discutir horas e horas. Alguns catalães tendem a ver a cultura espanhola como a cultura de Castilla, do conquistador, posto que foi esta província que dominou as demais (lembram-se de Isabel, de Castela e Fernando, de Aragão, certo ?). Tudo que representaria esta cultura - touradas que foram proibidas recentemente, a bandeira e o hino - seria considerado "estrangeiro" naquele pedaço de terra, e portanto, não-catalão.

4- Porque os catalães tem seu próprio idioma.

        Muitas regiões da Espanha tem dois idiomas: o espanhol e a língua local. As escolas ensinam nos dois e a universidade também. Nas ruas da cidade é comum ver placas escritas nos dois idiomas. Isto é mais um motivo para mostrar o quão diferente os catalães são do resto da Espanha.




5- Porque a Catalunha se sente rejeitada pelo governo central.
    
     Talvez a principal queixa: financiação. A Catalunha alega que contribui mais do que recebe do governo central. Sente-se, assim, injustiçada porque aporta mais verba e não as vê retornar em seu benfício. Com a independência todos os recursos ficariam na Catalunha e seriam geridos pelos próprios resolvendo o problema.

6 - Porque a região é rica e estaria fora da crise se fossem independentes.

       Completando o anterior. Como se trata de uma região próspera, se estivesse sozinha não estaria enrolada na crise que o governo central, alegam, colocou toda a Espanha. Eles teriam a possibilidade de não ter entrado nesta ciranda financeira ou então, sair mais rapidamente.

7- Porque a Espanha atravessa uma crise política desde a Transição.

     Tem gente que não aceita a tese da crise econômica e afirma que a crise, na Espanha, é política, pois os pactos costurados com o fim da ditadura franquista estão sendo desrespeitados. São críticas que vão desde o regime monárquico até as competências que as comunidades autônomas devem ter. Assim, mais valeria constituir outro Estado a fim de sanar essas pendências.

Leia também: os sete motivos pelos quais a Catalunha não deve se separar da Espanha. 

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Sete motivos pelos quais a Catalunha não deve se separar da Espanha

      Agora que os escoceses escolheram continuar unidos ao Reino Unido (piada infame, eu sei) todos voltam os olhos à Catalunha onde um referedum (ou uma consulta) será realizado no dia 9 de novembro. Nesta data, os cidadãos devem responder se querem ou não um Estado independente. Será que é realmente necessário ? Repasso algumas razões pelas quais não deveriam fazê-lo:
1-           Porque não é necessário.


      A Catalunha já goza de uma importante autonomia dentro do estado nacional espanhol. Possui sua própria polícia, parlamento, calendário de eleições, sua forma de recolher impostos, um sistema educativo bilíngue, etc. Além disso, possuem hino, bandeira e dia nacional (a “Diada”, comemorada em 11/09) exclusivos também.


       As únicas áreas em que a Catalunha não tem competência para gestionar são a política econômica e a política externa. No entanto, quem decide o que fazer com os impostos são os catalães e não é preciso dar contas ao governo central. Isso acabou com a crise e agora eles têm que dizer para onde vai (ou foi) o dim dim.


2-      Porque os cidadãos estão divididos.


      Muitos pensam que a população da Catalunha apoia em peso a independência. Sim e não. De fato, há manifestações que reúnem multidões para reivindicar a independência, mas ano passado foi significativa a quantidade de catalães que saiu às ruas para mostrar seu desejo de continuar na Espanha. (Abaixo as bandeiras da Espanha e da Catalunha)
 (Foto abaixo: ato contra a independência, em Tarragona, em 2014. Fonte: http://www.heraldo.es/noticias/nacional/2014/09/11/mas_000_catalanes_reivindican_senyera_como_puente_con_resto_espana_309591_305.html)






3-      Porque os cidadãos percebem que é uma manobra política:


 Aqui na Espanha, os políticos não ficam nada a dever aos seus pares brasileiros em termos de corrupção e cara de pau. Muitos cidadãos percebem que a questão é manipulada pelos políticos que usam isso como argumento para ter mais concessões do Estado central.


4-      Porque é uma falácia o argumento de “opressão” e “exploração”.


     Fala-se muito que a Espanha, o estado central, oprime a Catalunha desde a conquistada no século 18. Realmente suas instituições foram fechadas na época e o catalão reduzido à esfera privada; porém, o contexto era outro e aí sim, havia opressão.


      Na história recente isso era mais ou menos certo no final do século 19 e na época de Franco, que proibiu o catalão e demais símbolos catalães; mas agradou os empresários barceloneses e catalães com indústrias, bancos, incentivos fiscais, etc.Com a volta da democracia e a Constituição de 78, isso mudou. A região tem autonomia suficiente para usar todos os seus símbolos e idioma. Entretanto fica bonito colocar no discurso que “a Espanha nos oprime, nos explora, pobres de nós”, etc.

5-      Porque a União Europeia já avisou que não aceitará a Catalunha como Estado independente:


Se a União Europeia concede este direito à Catalunha, isso significa um apoio às outras aspirações nacionalistas. Não esqueça que a UE tem a obrigação de conceder ajuda econômica aos estados membros que se incorporam e não há tanta grana agora para fazê-lo. (Foto abaixo: ato contra a independência, em Tarragona, em 2014. 
Fonte: http://www.heraldo.es/noticias/nacional/2014/09/11/mas_000_catalanes_reivindican_senyera_como_puente_con_resto_espana_309591_305.html)





6-      Porque a Catalunha não tem condições econômicas para se sustentar:


     Quem injeta dinheiro quando eles precisam são a Espanha e, mais recentemente, a União Europeia. Várias das infraestruturas construídas ali foram financiadas com dinheiro da UE. Até aí nada demais, pois esse era um dos propósitos iniciais da UE.


7-      Porque na Catalunha não vivem somente catalães:


   E agora? Quem é catalão? Nascidos na Catalunha? Com avós catalães? Essa gente toda vai virar “estrangeira” da noite para o dia? E como a Espanha vai tratar os catalães que moram nas outras regiões? Mistério...


Este post é um resumo do artigo: "Por que a Catalunha não deve se separar da Espanha?"

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Estação Nuñez de Balboa

Olá, queridos!

           
Estou frequentando a estação de metrô Nuñez de Balboa, chamada assim em homenagem ao explorador do Pacífico. Não se vê muitas referências sobre a vida deste intrépido viajante, mas esta estação guarda um painel feito em tijolos de cerâmica coloridos. Num mesmo plano, como de uma obra futurista-modernista se tratasse, um porto com seus navios, mar, árvores, guindastes e trens para descarregar as mercadorias. Para muitos passantes, aquele porta já faz parte da paisagem; para mim que cheguei agora e venho de outros mares navegados, só estou começando agora a descobri-lo.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Fundação Olivar de Castillejo

            
        Como já disse, Madri tem mais parques que seu ultra famoso parque do Retiro. Descobri - literalmente - um olival no meio da cidade grande. Opa? Olival ? Sim ! Eu sei que você acham, assim como eu pensava, que as azeitonas nasciam nas latas ou nos vidros. Não! Elas nascem em árvores chamadas oliveiras. Vocês sabiam disso? Eu só descobri aqui... Falando sério: para vocês terem uma ideia, a Espanha é o país com maior área plantada de oliveiras no mundo.



Em 1917, José Castillejo, professor de Direito Romano, pedagogo e intelectual, resolveu viver nos arredores de Madri e adquiriu a plantação. A cidade cresceu - para vocês se localizarem o olivar fica perto do estádio do Real Madri - e o que era uma forma de viver um pouco afastado da agitação urbana acabou se tornando um oásis no meio dos elegantes prédios do bairro. No terreno ainda se encontra a sede da Fundação onde se realizam exposições e concertos. No dia em que visitei a pianista Patrizia Prati interpretava Chopin e Debussy e havia uma exposição de obras do artista Domingo Álvarez Gómez e Aurora Puche.

E o jardim ? Ah! Além das oliveiras temos romãs, roseiras, margaridas e almendros. Os herdeiros conservaram a tradição de manter livre o entorno das árvores para que outras espécies pudessem se desenvolver. É possível caminhar pelas trilhas sem estragar as plantas. De quebra, há obras de Antonio Diaz García espalhadas ao longo da propriedade.O único defeito do lugar é sua localização. Escondido em uma rua pequena e ainda por cima com uma única portinha. Enfim. Valeu a pena!


sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Igreja Nossa Senhora do Bonsucesso


A igreja de Nossa Senhora do Bonsucesso ficava na Porta do Sol, desde o século 17. Por estar na região central, a igreja sofreu com a guerra napoleônica e por conta do confisco dos bens da igreja e das ampliações urbanísticas, o templo foi derrubado e transferido para a região de Arguelles. Ali, também foi encontraria todas as vicissitudes do tempo e em 1975 veio abaixo a igreja e no lugar dela, além de outro edifício católico, foram levantados prédios comerciais e residenciais. Obs: a foto ao lado é da Wikipedia.
      


Esta nova igreja foi projetada por Manuel del Río Martínez, Ignacio Ferrero Ruiz-de la Prada e Juan Hernández Ferrero e aberta ao culto em 1982. Os arquitetos a conceberam integrada aos edifício do entorno e por esta razão ela não se destaca na paisagem. Aliás, custamos a distinguir o que é a igreja e o que é um centro comercial.
 Apesar de tudo, o interior é bastante interessante com vitrais, òrgão e a imagem da Virgem em um altar lateral. Quando a visitei estava tendo missa e não pude tirar tantas fotos para não atrapalhar a celeebração.













quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Entrevista

Olá, queridos!

     




  É com muita honra que compartilho a entrevista que dei para o site "O nome disso é mundo" falando sobre nossa vida aqui na Espanha. Abordamos várias questões: política, preconceito e claro, futebol! A ideia é muito simples: gravar depoimentos de brasileiros expatriados pelo mundo e disponibilizá-los para todos. Obrigada, Filipe Teixeira! 



    Clique para escutar: http://www.onomedissoemundo.com/2014/09/036-espanha-fragmentada.html

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Portunhol





Vivendo e aprendendo. Quando eu ia adivinhar que "pistola" pode também ser pão de sal em espanhol ??

sábado, 13 de setembro de 2014

Campeonato de Basquete Masculino

Olá, queridos!

           
Não deu para o Brasil, nem para a Espanha. Os anéis se foram, mas ficam os dedos, não é mesm ? O jeito é aproveitar os eventos paralelos ao Campeonato Mundial de Basquete Masculin como esse da plaza Colón. Várias barraquinhas de comida e dos patrocinadores foram montadas. Em algumas delas,  os adultos podiam se arriscar em fazer cestas das mais variadas formas para ganhar prêmios. Havia, inclusive, um palco para shows de bandas de todos os tipos.

         










  Nas laterais, painéis faziam uma retrospectiva das seleções vencedoras dos campeonatos anteriores. Estava lá a seleção brasileira de 1963 e claro que tirei uma foto ao lado deles. Mas o melhor foi a quadra de basquete onde adolescentes se divertiam jogando uma partida sem maiores pretensões.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

O primeiro corte de cabelo

Olá, queridos!

       
Chegou o grande dia. O cabelo do pimpolho estava enorme e de nada adiantava penteá-lo que continuava um ninho de rato. Teríamos que cortar os cachinhos. Fui numa loja de roupas e brinquedos de crianças que tem uma cabelereira especializada para marcar hora. Eis o que aconteceu...

         (Por favor, leiam as duas versões da história antes de vocês jogarem pedras em mim.)

          - Bom dia! Queria marcar hora para cortar o cabelo do pimpolho.

          - Claro! Pode ser amanhã a tarde na hora X?

          - Perfeito. Só tenho uma dúvida. Como é que vocês vão fazer para o meu filho ficar quieto?

          - Sem problemas. Nós sedamos as crianças e elas ficam quietinhas.

           - Sério ? E como funciona?

           - Você não costuma drogar o seu filho para ele ficar quieto?

           - Não.

          - Entendo. Mas não se preocupe. É uma dose pequena, o suficiente para cortar o cabelo.

          - Ok. Até mais tarde.

          Fui no dia seguinte, e a cabelereira perguntou:

           - Que tipo de drogas ele prefere?

            - Nenhuma. Não deixo ele se drogar.

          - Tenho certeza que ele vai gostar desta aqui.

           Então, meu filho foi drogado, nem piscou e teve seu cabelo cortado. Espantados? Agora releiam a história novamente abaixo onde substituo as palavras "droga" e "sedação"; e incluo algumas explicações.

            - Bom dia! Queria marcar hora para cortar o cabelo do pimpolho.

          - Claro! Pode ser amanhã a tarde na hora X?

          - Perfeito. Só tenho uma dúvida. Como é que vocês vão fazer para o meu filho ficar quieto?

          - Sem problemas. Nós colocamos desenho animado para as crianças assistirem e elas ficam quietinhas.

           - Sério ? E como funciona?

           - Você não deixa seu filho ver televisão para ele ficar quieto?

           - Não. Ele é muito pequeno e já tem que falar com minha família por Skype muitas vezes. O único desenho animado que ele conhece é a avó.

          Voltei no dia seguinte, e a cabelereira perguntou:

           - Qual o desenho animado que ele prefere?

            - Nenhum. Não deixo ele assistir ainda.

          - Tenho certeza que ele vai gostar desta aqui. - e deu play no DVD.

              O pimpolho nem piscou. Imagino que vocês devem ter me xingado na primeira versão e assentido na segundo; porém meu filho só tem um ano e três meses e vai ter a vida inteira para ficar diante da telinha.

PS: A foto acima não é do cabelereiro onde fui, mas reflete o local. Fonte:  http://www.ddecoracion.com/locales-comerciales/peluqueria-exclusiva-para-ninos/

   


terça-feira, 9 de setembro de 2014

Quatro anos na Espanha

Olá, queridos !!
       
Estamos em festa. "Um ano na Espanha" completa quatro anos de existência. Para quem começou apenas com o intuito de registrar o cotidiano nesta nova forma de diário que é um blog e assim informar famílias e amigos é um feito e tanto.

           De lá pra cá muita coisa aconteceu como vocês sabem. Tivemos quatro endereços, fomos a um sem número de exposições, conhecemos outras cidades e países, mergulharmos de cabeça no sistema de saúde espanhol por causa do pimpolho e agora, estamos fazendo o mesmo com o sistema educativo. O "Um ano..." rendeu um fruto, o Rumo a Madri, com perfil mais turístico e também me encheu de coragem para ser colaboradora do "Brasileiras pelo Mundo".



Eis os números do blog:

- 817 postagens

- Mais de 63.600 visualizações

- Os leitores vêm principalmente do Brasil, Estados Unidos, Espanha e Portugal.

- 57 seguidores no Face e 32 no Google.

- Aqui estão as postagens mais lidas até o momento:

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         No mais, queria agradecer a todos os leitores que espiam essas mal-traçadas. Muito obrigada!!


domingo, 7 de setembro de 2014

O que aprendi vivendo 4 anos na Espanha

1- Comer pão com tomate e azeite no café da manhã e jamón serrano como aperitivo faz parte da sua rotina.

2- Almoçar às 14h.

3 - Achar normal ter um garçom para servir um restaurante inteiro ou apenas um vendendor para cuidar da loja, te atender e receber o pagamento.

4- O serviço público pode ser bom e não é sinônimo de "coisa para pobre".

5 - O sistema de saúde público te encaminha a fazer o parto normal dando todas as condições para que isso aconteça.

6- Aquelas senhoras que estão ali gritando não estão brigando. São amigas de longa data conversando.


7- Quando uma pessoa te diz "não" ela apenas quis dizer isso: não. Ela gosta tanto de você que não está fazendo você perder tempo com desculpas esfarrapadas.

8- Comparar a Espanha aos países do norte europeu, especialmente à Alemanha, e achá-lo o pior país do mundo.

9 - Descobrir que por mais Primeiro Mundo que aqui seja, a classe política não fica a dever aos seus amiguinhos do Terceiro em matéria de corrupção.

10- Adapatar-se seus horários aos do comércio que fecha às 14h-14:30h e só abrirá às 17h-17:30h.

11- Que nem todo mundo que vive dentro das mesmas fronteiras está satisfeito com isso.

12 - Por mais curta que seja sua saia e generoso o seu decote, os homens só vão olhar e não dirão nenhuma estupidez.

 13 - Que é inútil fazer qualquer comparação entre Brasil e Espanha. Ambos tem suas qualidades e defeitos.

  14-  Saudade é um estado permanente da sua alma.


Mais informações turísticas: www.rumoamadrid.com.br





sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Igreja Nossa Senhora do Rosário das Filipinas

Olá, queridas!

   
Mais uma igreja de arquitetura moderna descoberta, conhecida e fotografada. Sei que a gente associa as Zoropa à coisas antigas, mas aqui também se produziu (e se produz) modernidade. A igreja de Nossa Senhora do Rosário das Felipinas é paróquia e convento dos dominicanos. Ali existia uma igreja em estilo neogótico que foi derrubada para dar lugar a um edifício de concreto armado que se confunde com os demais da rua. Construída entre 1967-1970, o arquiteto Cecílio Sanchez buscou aplicar os princípios de Le Coubusier no seu projeto. Obs: a foto à esquerda está em http://www.dominicos.org/vicaresp/






Por dentro, simplicidade total. O altar maior só traz o crucifixo que está "emoldurado" por um triângulo cuja ponta está para baixo e lembro que na simbologia católica esta forma representa a Santíssima Trindade. Notem que há palmeiras ali. Será uma alusão aos trópicos? Não sei, mas me pareceu um detalhe interessante.





Há capela do Santíssimo e também três imagens, junto a parede direita,do Sagrado Coração de Jesus, São Domingos e São José. Na parede esquerda, em frente a estas, uma bela imagen de Nossa Senhora do Rosrário com o Menino Jesus. Junto a entrada vemos, igualmente, a estátua de são Martinho dos Porres, dominicano que viveu no Peru, no século 17.

Sinceramente, não gosto desta igreja. Juro que entendi algumas propostas, mas o resultado me parece que leva o ser humano a tudo, menos a encontrar-se com o sagrado. Sei não...













quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Biblioteca Eugenio Trias

Olá, queridos!

        Descobri uma biblioteca em pleno parque do Retiro. Trata-se da Biblioteca Eugenio Arias inaugurada em 2013 e instalada no antigo zoo que funcionava ali chamado Casa de Fieras. Depois da reforma levada a cabo por Jaime Nadal y Sebastián Araujo o edifício que chegou a abrigar 500 animais dentre leões, tigres e hienas agora dá espaço para livros, revistas, vídeos e documentários. Ainda tem salas destinadas ao estudo, oficinas de literatura e poesia.





O segundo andar está reservado para os pequenos com a biblioteca infantil e a bebêteca. Fofo, não? Tudo isso no meio do parque mais bonito da cidade. Os arquitetos fizeram questão de privilegiar a bela paisagem do entorno e usaram vidros para cobrir as antigas jaulas. Ainda bem que não vendem café por ali senão eu ficaria neste lugar o dia todo.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

A última viagem da fragata Mercedes - um tesouro cultural recuperado - parte II

Olá, queridos!

     
A exposição "A última viagem da fragata Mercedes - um tesouro cultural recuperado" está dividida em dois museus: o Arqueológico e o Naval. Já contei para vocês como é a mostra no museu Arqueológico e agora, relato como é a do museu Naval. Esta é bem menor, mas igualmente interessante. O foco ali é apresentar os dois comandantes - o espanhol, José Bustamante y Guerra e o inglês, sir Graham Moore - das embarcações. Curiosamente, os quadros de ambos estão frente a frente. Será que a noite ele saem das molduras e brigam como acontece no filme ? Mistério...

   








 O capitão espanhol deixou o relato sobre a guerra e a captura das embarcações no diário de bordo e este é recriado com um filme feito em computador e com a narração do texto. Igualmente está recriada a fragata Mercedes e a parte do navio onde se alojavam os canhões. Por fim, uma emotiva homenagem aos que pereceram na contenta (mais de 200) e novamente o esforço que a Espanha fez para recuperar este tesouro.





O que me chamou atenção, porém, foi um cartaz  de 1804 convocando marinheiros para ingressarem em uma embarcação que interceptaria galeões espanhóis e seria capitaneada por Lord Cochrane. Levei um susto! Pensei que fosse o nosso, Thomas, que lutou pela independência do Brasil a convite de Dom Pedro I, mas era o tio dele, Alexander. Redes sociais nada! Essa gente toda também se conhecia!