sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

A gruta de Massabielle

Olá, queridos !
   
 O ponto alto da visita em Lourdes é a gruta. Não importa quão bonitas sejam as basílicas, o que todo mundo quer ver e tocar é a água brotando das pedras e aquele pedacinho onde Nossa Senhora teria estado. Chegamos pela porta de São Miguel, a fim de percorrer toda esplanada e entrar no clima de "procissão". Como era inverno o número de turistas, peregrinos e doentes, cai sensivelmente, pudemos aproveitar com calma o ambiente místico que rodeia.

   









 A gruta é pequena. No alto a imagem de Nossa Senhora tal qual foi descrita por Bernadete. E das paredes, continuamente, vai gotejando água. Os céticos dizem que por estar ao lado do rio seria natural que brotasse água dali. Mas o que descobriram é que a água do rio nada tem a ver com a da gruta! A nascente está protegida por um vidro e o curso foi canalizado para servir as milhares de torneiras onde todos podem saciar sua sede e levar desta água para casa. A gruta também serve de capela e ali são realizadas missas.

     








 Mais a frente temos os velários ou estruturas de ferro onde você pode acender a sua vela e fazer sua oração. Há velas de todos os tamanhos, tipos e preços e creio que algumas devem arder por anos tamanha a grossura. Da minha parte, escolhi um velário que tinha uma inscrição em português, comprei a vela básica e acendi pelos meus queridos, presentes e ausentes.






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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Basílica da Imaculada Conceição

Olá, queridos!

     
Como contei no post de apresentação a Lourdes, o complexo entorno a gruta tem várias igrejas e as mais antigas são a basílica da Imaculada Conceição e a de Nossa Senhora do Rosário. A primeira foi construída atendendo ao pedido de Nossa Senhora feito a santa Bernardete e foi inaugurada em 1871. De estilo neogótico, possui uma torre central, rosáceas e vitrais retratando cenas da vida de Nossa Senhora, os evangelistas ou Cristo.

   










 A decoração é bem simples Os altares laterais estão inteiramente cobertos com retângulos de mármores onde se agradece alguma graça alcançada por intecerssão de Nossa Senhora de Lourdes. Cada um destes altares é dedicado a um santo francês como santa Genoveca ou santa Germaine de Pibrac. Além disso, nas paredes do templo estão pregados vários corações em gratidão às graças alcançadas pelo Imaculado Coração de Maria e escritas as principais palavras de Nossa Senhora a Santa Bernadete.

        Do alto se tem uma vista espetacular de toda esplanada que recebe os peregrinos de todo mundo. Impossível não recordar de uma das frases de Nossa Senhora a Bernadete que dizia que queria que todos viessem ali em procissão.

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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

50.000 visualizações

Olá, queridos !!

          Hoje é uma dia histórico !! Além do pimpolho fazer 8 meses, o blog chegou aos 50.000 acessos !! Para quem começou sem maiores pretensões e recebe visitas de pessoas do mundo todo é uma vitória e tanto. Obrigada!!

PS: Dia 26 também será lembrado como o da morte do grande e extraodinário Paco de Lucía.

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Lourdes

Olá, queridos!

          A segunda parada da nossa viagem foi em Lourdes. Esta pequena cidade, de pouco mais de 15000 habitantes, recebe todo ano cerca de cinco a seis milhões de peregrinos atraídos pela devoção a Nossa Senhora e a possibilidade de cura. A Virgem Maria, em 1858, teria aparecido a Bernardete, uma menina de 13 anos, por quinze dias nos quais sempre rezavam o terço. Em um desses encontros, a Virgem Maria pediu que Bernadete cavasse a terra, e assim começou brotar água da gruta. O líquido começou a curar doentes da região e a fama de água milagrosa se espalhou rapidamente.

          Após as aparições terem sido reconhecidas como não naturais pela Igreja (esta nunca declara que são verdadeiras), um templo começou a ser construído para que os fiéis pudessem ir ali "em procissão" como teria sido pedido por Nossa Senhora. Dito e feito.

         Atualmente, além do conjunto de igrejas e da gruta, é possível conhecer a casa conde Bernadete morava com sua família, museus dedicados ao tema e a igreja onde ela foi batizada. Descrevo tudo isso nos próximos posts.


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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Um passeio pelas ruas de Pau

Olá, queridos !

     
Já contei pra vocês do castelo de Henrique IV, da igreja de San Martin e do museu de Belas-Artes. Só fiquei devendo a visita ao museu Bernadotte onde morou o general que fundaria a dinastia sueca que até hoje reina por lá. A cidade de Pau é bastante agradável e o centro histórico pequeno, por isso é possível admirar com calma a estátua de Henrique IV (sempre ele!) e outro monumento em homenagem aos caídos das duas Grandes Guerras Mundiais, atrás da igreja de San Martin.

     


Também unindo a parte alta e baixa da cidade está o funicular desde 1908. O passeio é gratuito, charmoso e dura dois minutos (se tanto!) e é a desculpa perfeita para caminhar até a ponte velha. Não fizemos isso porque estava chuviscando e estávamos sem guarda-chuva. Aí subimos de volta quase imediatamente e pegamos o "navette", uma espécie de microônibus gratuito que circula no centro histórico, pois a maioria das ruas está fechada a circulação de carros. Assim vimos uma parte da cidade que não conheceríamos dado ao pouco tempo que dispúnhamos. No dia seguinte fomos para Lourdes!

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domingo, 23 de fevereiro de 2014

A Ucrânia é aqui!

Olá, queridos!

         
Interrompo o relato sobre nossa viagem ao sul da França para contar que hoje nos deparamos com uma manifestação em favor ao novo governo ucraniano. Vivem mais de 83 mil pessoas deste país na Espanha dos quais mais de 3 mil tem sua residência em Madri. Não é muito, reconheço, mas parte desse povo se reuniu hoje nesse ensolarado domingo para mostrar seu apoio às mudanças ocorridas no seu país. É esperar para ver um futuro melhor.










Museu de Belas Artes de Pau

Olá, queridos!

     
O Museu de Belas Artes de Pau está instalado em um prédio em estilo art-decó e foi inaugurado em 1931. A coleção é a segunda mais importante da região e se você gosta de arte do século 10 - tanto a acadêmica quanto o impressionismo - não pode deixar de visitá-lo. 

       













O começo (algumas pinturas flamengas e italianas) e o fim (arte contemporânea) chegam a desanimar, porque a qualidade reunida ali é duvidosa. Mas o meio, as obras que representam o século 19, são de fazer a felicidade de qualquer um. Na entrada, em cima da escada está um quadro típico do acadecismo francês, daqueles que foram feitos para legitimar o fato histórico. Trata-se de uma tela enorme sobre o nascimento de Henrique IV (quem mais?): enquanto a mãe descansa do parto, o avô apresenta o novo soberano aos súditos. Excelente! Nesta sala igualmente estão outras telas relativas à infância do filho ilustre como coloquei no post anterior.

       
A parte do Impressionismo é muito boa: Boudin, Menard, Morisot (ao lado) e a grande estrela, Degas. Como nesta época, a Espanha e o orientalismo estavam na moda, há um quadro de Sorolla e outros sobre temas "espanhóis" como as touradas, Alhambra e as mocinhas elegantes de sempre.

        Como não poderia deixar de ser, o pintor Victor Galos (1828-1879), filho da terra, está representado com algumas paisagens da cidade e dos Pirineus. 


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sábado, 22 de fevereiro de 2014

Igreja de San Martín - Pau

Olá, queridos !

       
Indo para o castelo entramos na igreja de San Martin templo neogótico construído de 1863-1871. O edifício tem uma só torre e fachada simples. No interior, uma só nave, com vários altares laterais, vitrais, pinturas de inspiração bizantina e um órgão no coro. A rosácea à esquerda do altar conta a vida e milagres do santo principal que é venerado em várias igrejas francesas por ter sido bispo em Tours.

         




No altar principal, o Santíssimo está protegido com um belo pálio com motivos orientais, com arcos dourados e laranjas. A cúpula está ornada com cruzes e círculos vazadas que deixam passar a luz. Se considerarmos que é raro encontrar este adereço nas igrejas católico romanas valeu muito a pena entrar e apreciar este templo.













Chama a atenção a onipresente homenagem aos falecidos na Primeira Guerra Mundial que não se limita em listar os nomes dos paroquianos caídos em combate, mas é um verdadeiro monumento aos que pereceram. Destaque para George Guynemer, filho ilustre, um aviador voluntário que morreu em pleno ar. Em ano de centenário da Grande Guerra essas homenagens não me passam em branco.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Castelo de Pau

Olá, queridos!

     
O que nós conhecemos por França foi a união de vários reinos,condados e ducados que foram formalizando sua ligação com o reino da França através de guerras e casamentos. Já escrevi a respeito quando visitamos Nantes e contei a história de Ana de Bretanha. Com Pau aconteceu a mesma coisa. A localidade era governada por famílias que estavam em constante guerra com os vizinhos, mas que precisavam um dos outros frente ao inimigo comum, o "reino da Espanha".

     








Vista do castelo real onde nasceu Henrique IV- Millin du Perreux,
museu de Belas-Artes de Pau.
No século 11 foi construído o castelo que servia como defesa e morada dos viscondes de Bearn, futuros reis de Navarra. Quase nada restou do edifício original porque os castelos eram reformados e ampliados conforme as circusntâncias exigiam. Igualmente, em 13 de dezembro de 1553, nasceu ali Henrique IV, futuro rei da França. Mas ele só nasceu mesmo porque aos três anos foi viver nos arredores e depois rumou a Paris, onde terminour seus estudos. Apesar de ter voltado ao castelo algumas vezes, após sua coração como rei da França em 1589, ele nunca mais retonou a sua terra natal.

       


O castelo foi abandonado por quase duzentos anos, mas reabilitado por Napoleão e, sobretudo, pelo rei Luis Felipe de Orleón que buscava redimir a figura de Henrique IV e legitimar seu reinado. Ele aproveitou as comemorações do nascimento do antigo rei para reformá-lo e entregá-lo ao seu filho mais velho.













Só é permitido visitar o castelo com guias que só falam francês, mas ao menos há uma folha em português com um resumo de tudo que é mostrado. Vemos tapeçarias, estátuas e mais estátuas de Henrique IV e sua família, pinturas, objetos de uso cotidiano. Também há um belo mobiliário do século 19 com a reprodução dos quarto e das "salas de banho". Afinal, mais de duas centúrias separam os moradores daquele edifício e em uma só visita aprendemos um pouco mais do século 16 e do 19.



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Pau

Olá, queridos !!

         Fomos à França e visitamos Pau. Antes que vocês façam alguma piadinha esclareço que a pronúncia francesa da palavra é "pô". A cidade foi nossa primeira parada em um total de 10 que visitamos entre a França e a Espanha. Nos próximos dias conto um pouco mais sobre a aventura de viajar pela primeira vez de carro para a França com o pimpolho de 7 meses.

         Pau é um lugar que muitos diriam que não vale a pena visitar. Mas já escutei isso tantas vezes que nem levo mais em consideração. Claro que não recomendo a ficar ali mais de dois dias, mas dizer que não se deva conhecê-la vai uma distância imensa. Pau é a terra natal do rei Henrique IV - o protestante que virou católico porque "Paris bem vale uma missa" - do Tour de France e de Jean-Charles Bernadotte, general de Napoleão que virou rei da Suécia-Noruega.

        Como se não bastasse os ilustres moradores ainda tem um interessante museu de Belas-Artes que vai agradar em cheio quem gosta de arte do século 19 (como eu!). No mais, é andar por suas ruas, o funicular, entrar nas igrejas neogóticas e degustar a culinária francesa, bien sûr!

           Preparados? Começo com o castelo de Henrique IV, filho ilustre do lugar.

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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Tremendo!

Olá, queridos!

     O portunhol sempre ataca. Por mais que o ser humano tenha se acostumado a pedir tomar um café em taza e beber um vinho em uma copa; usar o verbo "ter" para dizer que "tem fome" por mais dramático que isso possa parecer. Não tem jeito. Lá está o portunhol à espreita, para deixar você embaraçada e não embarazada, por favor!

     Sábado foi aniversário de um amigo querido. Lá fomos nós com o pimpolho, pois muitos ainda não o conheciam. Chega o amigo do amigo - com os filhos também - e ao ver a nossa cria manda todo sorridente:

           - ¡Está tremendo!

           Ai, meu Deus! Tremendo? Será febre? Bem que eu achava que a gente não devia ter saído nesse frio. E agora? Socorro! Liguem para a pediatra!

            Estava procurando a causa da tremedeira examinando o pequeno quando me toquei. Tremer em espanhol pode ter o mesmo significado que em português, mas a palavra mais usada é temblar. Tremendo, no gerúndio, se usa para dizer que uma pessoa é muito legal, muito lindo. Remete ao "tremendão" Erasmo Carlos.

             Foi inevitável. Ri sozinha, mas disfarcei e consegui dizer um "gracias". Tremendo de orgulho, claro.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Cozido Madrilenho

Olá, queridos !

 Dias frios, o melhor é comida quentinha e pesada como o cozido madrilenho. Sim, porque aqui as estações do ano determinam o cardápio. Os espanhóis acham um absurdo quando digo que feijoada é degustada no verão ! Aliás, com a proximidade do Carnaval aparecem as ofertas de feijoadas para promover as escolas de samba, blocos e agremiações. Sem falar que é tradição nos restaurantes do Rio prepararem o prato às sextas-feiras quando o pessoal já está com vistas no fim de semana. Tal qual a feijoada descobri que o cozido também é servido em dias específicos por estas terras a fim de atrair mais clientes. Não somos tão diferentes assim...

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Sobre a neve e outras angústias

Olá, queridos!

       
Hoje foi a primeira neve em Madri neste frio, chuvoso e escuro inverno. Quem mora em uma latitude mais alta vai rir de mim e dizer que não foi nada, apenas água gelada. Para mim, porém que venho de uma latitude baixa qualquer floco branquinho é motivo para comemorar. Por isso fiquei muito feliz quando a temperatura marcou 1 grau pela manhã e logo em seguida começou a nevar.

     









  Também hoje descobri o que me angustia na neve. Ao contrário da chuva que faz barulho, a neve é silenciosa. Vai caindo de mansinho, sem ruído; também não deixa a terra cheirosa, nem faz os passarinhos cantarem, nem as plantas mais brilhantes. Se a neve não cai em quantidade é frustrante e o que resta é lama. Se cai muita, as estradas fecham, o trânsito fica um inferno. mas ao menos o povo pode fazer bonecos de neve e guerra de bola (algo cada vez mais raro por aqui). Sei não. Acho que esse inverno está sendo longo demais para mim.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Igreja de Santo Inácio de Loyola

Olá, queridos !


Finalmente consegui entrar na igreja de Santo Inácio de Loyola, no Bairro das Letras e o fiz em grande estilo, ou como se diz aqui, pela "puerta grande".

         








Todo primeiro sábado do mês, o bairro das Letras promove o "Mercado de las Ranas" assim chamado porque havia muitas rãs naquela região. Assim, os comerciantes expõem suas mercadorias na rua, alguns abrigam esquetes teatrais e a igreja participou proporcionando um concerto de bandoneón e clarinete com o Garaiz Ensemble. 

           
A igreja foi fundada em 1665 e pertence a Real Congregação de Naturais e Oriundos das Três Províncias Vascongadas. Por isso, mais que um templo, serve também de ponto de encontro da comunidade vasca em Madri, realizando, inclusive, missas em euskera. Aliás, a escolha do santo titular não é arbitrária, pois santo Inácio vem de Loyola, no País Vasco.

         




 Se a fachada da igreja é simples, o interior acompanha o estilo. Três enormes imagens dos anos 40 dominam a nave e o altar: santo Inácio, a Virgem de Begoña e são Prudêncio. Há poucos altares laterais e nos nichos estão inscrições ora em euskera, ora em castellano, marcando alguma data histórica. Além disso, na parede encontram-se os brasões das distintas províncias vascas.

Se a igreja não tem nada de especial em relação a sua arquitetura ou obras sacras, ao menos abre suas portas para acolher apresentações musicais de coros ou grupos cujos membros vem desta comunidade autônoma. Que bom!

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